quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Atividades Geólogicas do Vento


O deslocamento das massas de ar, formando os ventos, é fruto de diferenças de temperatura e, portanto, de densidade, nessas massas de ar. Essas diferenças são geradas pela maior ou menor incidência de energia solar sobre a superfície do planeta em função da latitude e da estação do ano e pela diferença do albedo (proporção entre a energia solar refletida e a energia solar incidente) mostrando, assim, a capacidade de absorção da energia solar dos materiais terrestres e organismos, rios, lagos, oceanos, geleira continentais e florestas. Por estes motivos, os ventos sopram segundo correntes de convecção na atmosfera de regiões relativamente mais frias para as mais quentes, ou seja, de áreas de alta pressão atmosférica para áreas de baixa pressão atmosférica. Assim, durante o dia o vento sopra dos oceanos para os continentes e no sentido inverso à noite e dos Pólos para o Equador.
A velocidade do vento sobre a superfície terrestre depende do relevo e da vegetação. Em regiões com relevo pouco acidentado (planos) e com pouca vegetação, a ação geológica dos ventos é potencializada, pois se têm menos obstáculos para a circulação das massas de ar. Os desertos, regiões glaciais e as praias arenosas são áreas de intensas atividades eólicas. As massas de ar deslocam-se segundo um fluxo laminar (plano-paralelo). Porém, próximo a superfície terrestre ou qualquer outro obstáculo, o fluxo das massas de ar torna-se turbulento devido ao atrito das partículas em movimento com as superfícies dos obstáculos. Este atrito é responsável pela erosão eólica.
- Efeitos Geológicos Diretos dos Ventos
Destrutivos: Desgaste das rochas provocado pelo impacto de partículas de areia carregadas pelo vento, causando um polimento nas superfícies das rochas (Erosão Eólica); Remoção de sedimentos superficiais, até atingir o nível freático. Gera grandes depressões em regiões desérticas, com a formação de oásis.
Transportadores: o transporte de materiais terrestres pelo vento depende da sua velocidade e do tamanho do grão. Pode ser por suspensão no ar ou por saltos e rolamentos. A quantidade de poeira no ar é entorno de 1.000 Ton/km3. Grãos de areia do deserto do Saara podem atingir distâncias superiores a 2000 km. Cinzas de erupções vulcânicas chegam a percorre todo o planeta. Em regiões litorâneas e desérticas, promove a migração das dunas.
Construtivos: com a diminuição da velocidade do vento ou pela presença de obstáculos, ocorre a deposição das partículas transportadas, segundo o seu tamanho. Os grãos pequenos são transportados por maiores distâncias, sendo as partículas muito finas depositadas pela chuva. Formam as dunas, podendo soterrar a foz de rios e obras civis (rodovias, casas e cidades). O desmatamento para a agricultura favorece a remoção do solo arável e sua deposição em outras fazendas e sobre a drenagem da região. Em regiões semi-áridas, pode desenvolver processos de desertificação.
Depósitos Eólicos: erupções vulcânicas as cinzas expelidas pelos vulcões precipitam em grandes quantidades próximas ao cone vulcânico, formando espessas camadas de sedimentos eólicos. Regiões glaciais (Loess): sedimentos muito finos (silte e argila) produzidos pela ação geológica do gelo (migração de geleiras) e retrabalhados pelos ventos em regiões glaciais, com até 150 m de espessura.
Praias marinhas e fluviais: sedimentos trazidos pelos rios e correntes marinhas e retrabalhados pelo vento, podem formar dunas. Geralmente, são sedimentos arenosos bem selecionados, com grãos finos a médios, bem arredondados. Apresentam estratificações internas que indicam a direção do vento. Desertos: regiões com precipitações pluviométricas <>

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